quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Figuras de Linguagem

A mais ou menos um mês atrás, tivemos nossa prova mensal de gramática e aparentemente maioria das pessoas não entenderam muito bem as figuras de linguagem, nisso minha professora fez agente pegar frases, músicas, poemas onde haviam figuras de linguagens, e as minhas eram essas:

Comparação
1. "O dia voa como um pássaro e os pássaros voam como os dias" - Ledo Ivo do poema "Mar Oceano"
2. "Minha dor é inútil como uma gaiola numa terra onde não há pássaros" - Fernando Pessoa do seu livro "Obra Poética"
3. "A felicidade é como a gota numa pétala de flor. Brilha tranquila e depois de leve ocila e cai como uma lágrima de amor"- Vinicius de Moraes
(vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=MCPjp4qTmsM)

metáfora
4. "A história é um carro alegre cheio de um povo contente" - Pablo Milanés/ versao: Chico Buarque - canción por unidad Latinoamericana

Catacrese
5. Uma perna da velha mesa está cheia de cupins
6. Logo que os passageiros embarcaram, o avião decolou
7. Para temperar a carne, o cozinheiro usou alguns dentes de alho

Metonímia
8. "Devolva o Neruda que você me tomou e nunca leu" - Chico Buarque
(vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=hn4JyodL7K4)
9. Na torre da igrejinha o velho bronze soava melancólicamente ( Bronze [o material] substitui sino [o objeto feito de bronze] )

Personificação 
10. "Arvores ecalhadas pedem socorro"- Raul Bopp, do livro "Cobra Norato e outros poemas"
11. "Lúcio pôs-se a observar a agonia da lenha verde que se estorcia, estalava de dor"- José Américo de Almeida, do poema "A Bagaceira"

Antítese
12. "A pobresa do eu, A opulência do mundo"- Carlos Drummond de Andrade, do poema "O Balanço"
13. "Dia ímpar tem chocolate, Dia par eu vivo de brisa"- Chico Buarque, da música "Sem Açucar"

Hipérbole
14. "Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei na véspera e na manhã somaria mais que todas as vertidas de Adão e Eva"- Machado de Assis, da obra "Dom Casmurro"
15. Fez questão de lhe explicar pela milésima vez a fórmula 


Eufemismo 
16. O pai do menino encontrou-se com papai do céu
17. "Conversamos longamente de sepultura a sepultura nos silêncios da madrugadas"- Manuel Bandeira, do poema "Estrela da vida enteira"

Personificação 
18. O céu tapa o rosto

Soneto de Camões

Neste maravilhoso soneto de Camões, fiz uma análise do seu texto, vendo que nele a tudo que aprendi até agora na minha aula de gramática, provando que sem esta conjunção de adjuntos adnominais, vocabulário diferenciado, sujeitos, figuras de linguagem, metáfora, as estruturas anafóricas, sem tudo isso provavelmente não teria-se criado este poema maravilhoso, que foi um dos mais bonitos e conhecidos de nossa língua. 
Aquela triste e leda madrugada, 
cheia toda de mágoa e de piedade, 
enquanto houver no mundo saudade 
quero que seja sempre celebrada.
Ela só, quando amena e marchetada 
saía, dando ao mundo claridade, 
viu apartar-se de üa outra vontade, 
que nunca poderá ver-se apartada.
Ela só viu as lágrimas em fio, 
de que uns e outros olhos derivadas 
se acrescentaram em grande e largo rio.
Ela viu as palavras magoadas 
que puderam tornar o fogo frio, 
e dar descanso às almas condenadas

A bomba atômica

Esta semana, durante a aula de gramática, minha professora Fátima fez nossa classe fazer um exercicio com o poema "Bomba Atômica"de Vinicius de Moraes, tendo como objetivo fazer-nos por a acentuação certa no devido lugar, explicando as regras, resolvi por este poema aqui mostrando que no mundo que estamos hoje este poema tem todo o sentido do mundo.

A bomba atômica é triste
Coisa mais triste não há
Quando cai, cai sem vontade
Vem caindo devagar
Tão devagar vem caindo
Que dá tempo a um passarinho
De pousar nela e voar...
Coitada da bomba atômica
Que não gosta de matar!
Coitada da bomba atômica
Que não gosta de matar
Mas que ao matar mata tudo
Animal e vegetal
Que mata a vida da terra
E mata a vida do ar
Mas que também mata a guerra...
Bomba atômica que aterra!
Bomba atônita da paz!
Pomba tonta, bomba atômica
Tristeza, consolação
Flor puríssima do urânio
Desabrochada no chão
Da cor pálida do hélium
E odor de rádium fatal
Lœlia mineral carnívora
Radiosa rosa radical.
Nunca mais oh bomba atômica
Nunca em tempo algum, jamais
Seja preciso que mates
Onde houve morte demais:
Fique apenas tua imagem
Aterradora miragem
Sobre as grandes catedrais:
Guarda de uma nova era
Arcanjo insigne da paz!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Bailado russo/O movimento enganador


esse semestre escrevi um texto que eu gostaria de lhes apresentar aqui, o primeiro que irei apresentar estará mostrando a caracterização de um pião, me inspirei neste texto ao ler o poema de Guilherme de Almeida – Bailado Russo e para entenderem o meu texto aqui está o poema:


A mão firme e ligeira
puxou com força a fieira:
e o pião
fez uma eclipse tonta
no ar e fincou a ponta
no chão.

É o pião com sete listas
de cores imprevistas.
Porém,
nas suas voltas doidas,
não mostra as cores todas
que tem:

-Fica todo cinzento,
no ardente movimento..
         e até
parece estar parado,
teso, paralisado,
de pé.

Mas gira. Até que aos poucos,
Em torvelins tão loucos
Assim,
Já tonto, bamboleia,
E bambo, cambaleia..
Enfim,

Tomba. E, como uma cobra,
       Corre mole e desdobra
então,
em hipérboles, lentas
sete cores violentas no chão.


Agora que leram o poema, conseguirão entender melhor o meu texto:

                           O movimento enganador

A mão firme determinada do menino puxou com muita força a fieira do pião. O brinquedo fez um movimento de baixo para cima como se fosse um círculo irregular e então o pião  caiu no chão e fincou a sua ponta. No início havia nele sete cores que lembravam um arco-íris. Porém como ele gira velozmente ele não mostra todas as suas cores: ele fica todo branco nesse amalucado movimento e para aquele que olham parece que está parado.
No entanto, ele continua a girar, girar, girar, girar e girar. Até que em um momento, parecendo cansado e meio tonto ele então desmaia e em seus movimentos finais parece até um réptil se arrastando, e como um verdadeiro milagre aquele que era branco volta a ser colorido. 

Nosso objetivo

Nós duas como uma dupla temos como objetivo para este trabalho mostrar que com as coisas do nosso dia a dia usamos coisas gramaticais da língua portuguesa.
Aqui mostraremos vídeos de musicas que tem gramática e que são totalmente conhecida, mostraremos algumas de nossas redações e até poemas que se têm gramática, tudo de um jeito divertido e jovem para mostrar que nossa língua não precisa ser chata.